Embolização de Veia Porta

Embolização de veia porta é um procedimento realizado por um médico Radiologista Intervencionista com o objetivo de obstruir a circulação de forma intencional de uma área do fígado e redirecionar o fluxo sanguíneo para outra região do órgão. A indicação de embolização de veia porta é para pacientes que serão submetidos a hepatectomia (retirada parcial) por metástases e que apresentam um volume (tamanho) do fígado remanescente (segmento do fígado que restará) insuficiente, ou seja, incapaz de manter uma adequada função do órgão no pós-operatório. O objetivo da embolização da veia porta é estimular o crescimento (hipertrofia) do segmento do fígado restante para manter as funções adequadas após a cirurgia.

Imagem antes do procedimento de embolização de veia porta.

Imagem demonstrando o procedimento de embolização de veia porta.

Previamente a embolização da veia porta, tomografia computadorizada ou ressonância magnética do abdome é fundamental para planejamento do procedimento, avaliação do tamanho do fígado a ser retirado (parte que será embolizado) e o que restará. É recomendado embolização de veia porta quando o fígado restante for menor do que
25% em pacientes sem doença hepática prévia ou exposição a substâncias hepatotóxicas ou menor do que 30% naqueles com quimioterapia prévia ou menor do que 40% quando houver cirrose hepática. O procedimento é guiado por imagem de fluoroscopia (raio-X), preferencialmente com anestesia geral através da punção por agulha do fígado até atingir a veia porta. Pela veia porta pequenos cateteres navegam pelos vasos com o objetivo de obstruir a circulação do lado que estão localizados os tumores. Essa obstrução desvia o sangue para o lado saudável do fígado, estimulando seu crescimento (hipertrofia) para garantir uma cirurgia mais segura. As principais complicações menores são febre, desconforto abdominal em 18% e as complicações maiores, abscessos e sangramentos em 4%.

Após 4 semanas da embolização realiza-se novo exame de imagem para avaliar o crescimento do fígado. Portanto, a embolização de veia porta é um procedimento seguro e com resultados satisfatórios.

Tomografia pré para planejamento (setá vermelha).

Tomografia pós embolização de veia porta – aumento do volume do fígado (seta vermelha).

Bióspia Hepática Transjugular

A biópsia hepática é fundamental para o dignóstico histopatológico que pode ajudar na etiologia, no estadiamento e atividade da doença hepática. A biópsia hepática transjugular está indicada para os seguintes pacientes:

  • Pacientes com plaquetas inferiores a 50.000 unidades ou alterações na coagulação
  • Obesidade mórbida
  • Ascite volumosa (líquido no abdome)

A técnica de biópsia hepática transjugular é realizado por meio de cateteres e uma veia do pescoço (veia jugular) é puncionada para acessar a circulação do fígado. Ao chegar na circulação do fígado, pequenos fragmentos do órgão são retiradas e encaminhados a cultura.
O procedimento rápido, praticamente indolor, seguro e pode ser realizado com anestesia local e sedação e sem necessidade de internação.

Bióspia Hepática Transjugular

Agulha biópsia na Veia Hepática para a coleta dos fragmentos do fígado

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